
A Flor Azul
27 novembro 2006

DEUS É BRASILEIRO
(A.M.Ferreira)
Desde pequeno eu sempre escuto que Deus é brasileiro mas esses dias eu percebi que não só ele é brasileiro como chegou a Presidente da República.
O que é que há? As mesmas desculpas de sempre: - Eu não sabia!; Eu fui traído! Ahhh coitadinho dele!!! Vai me dizer que o onipresente, onisciente e onipotente DEUS não sabia que Lúcifer se rebelaria? Que a serpente tentaria Eva que por sua vez tentaria Adão? Livre arbítrio dizem os fieis!!! Tudo bem!! Eu posso até escolher meu destino mas vai me dizer que ele já não sabe o que eu vou escolher? Até o Oráculo da Matrix sabe!!!
O mundo cresceu e tudo mudou menos os argumentos do Lula, quero dizer, de Deus!! Não!! Do Lula mesmo... é sempre a mesma coisa, eu fui traído, eu não sabia, querem me crucificar ou ainda, já que Deus assume várias formas eu me lembro de uma outra desculpa famosa: -Eu assinei sem ler!!!
Não Nietzsche, Deus não está morto!!! Ele apenas mudou-se para o Brasil (para onde fogem todos os refugiados) e aqui para não chamar atenção foi ser metalúrgico retirante mas como quem foi rei nunca perde a majestade Ele tinha que dar uma de esperto e chegar a Presidente.
Notaram a barba branca né? E os milagres? Vocês viram? Como, em nome de Lula, depois de todos os escândalos no PT e no Governo do Brasil o principal representante do PT e desse atual Governo consegue ser reeleito com vitória esmagadora? Ahh!! Isso é demais até pro Diabo!! Tem que ser obra de Deus.
Ok!! Falando sério.. para deixar as coisas claras, não faço uma critica a Deus mas uma critica aos Presidentes da República que nunca sabem de nada!!! E eu que vou saber? (“aos Presidentes” – pois indiretamente, mais de um foi citado) e uma critica a visão que temos de Deus.
“Eu me recuso a acreditar em um Deus que é apenas o reflexo das virtudes e defeitos humanos.” - Einstein
21 novembro 2006
A foto foi retirada do fotolog www.fotolog.com/fogo_no_cano confiram é espetacular, fotos de João Schubert (obrigada João por ceder a foto).
Bjuz a todos...
Invisível
Nachali Dvulatk
Descia pela Rua do Rosário apressada a chegar em casa. Mais um dia exaustivo havia se passado, com fome e cansada não queria nem olhar para os lados. Quando passei pela praça Barão do Rio Branco fui parada pelo Pastor que todos os dias esta ali e incrivelmente sempre me para, parece que me persegue. Livrei-me dele e continuei andando.
Mais a frente já avistava os catadores de papel, que ali se reúnem para voltarem as suas casas. Sempre que passo por eles diminuo o ritmo. Os conheço de longe, mas sempre observo se estão todos ali e se as crianças continuavam a acompanhar os país. Odeio a situação daquelas crianças, me doe o coração vê-las sempre de longe observando o parquinho que tem ali, mas nunca entram. Foi assim que olhei para o parquinho e enxerguei aquele homem encolhido como um animal. O vi por entre as grades que separam o lazer das crianças ricas, dos filhos dos catadores. Agachado em cima de seus cobertores me olhava através delas. Estranhou ao perceber que eu o observava, afinal todos que passavam por ali não o viam. Agachado parecia ser invisível aos olhos daquela sociedade.
Quando ameacei me aproximar ele olhou para o lado, fingiu que não me via e assim me dizia pra não chegar perto. Fiquei inquieta, mas logo vi um dos taxistas se aproximar com uma laranja na mão que entregou para ele por cima daquelas grades verdes. Ali ele ficou, comendo com gana talvez a única refeição do dia. E eu fui pra casa, com a imagem de um homem preso à miséria recebendo comida como se fosse um cão, através das grades de sua prisão.
19 novembro 2006
Depois de uma luta de 48 horas ai está o resultado. Eu espero que gostem. O nome Sonet quer dizer soneto em polonês ou ao menos era essa a minha intenção quando o escrevi. Para os que acreditam que esse blog tratará apenas de amor, eu estou preparando um texto político/religioso que deve estar aqui em 2 ou 3 dias e tratará de uma questão que vem me intrigando nos últimos meses. Tenho a impressão que Deus não só é brasileiro como também é Presidente da República. – Explico melhor quando o texto estiver pronto.
Obrigado a todos pelas visitas e grande beijo pra vc amor.
SONET
(A.M. Ferreira)
A Lua armada de sonhos derrama
Em teu rosto a luz da alegria. Menina
Na cama o teu corpo coberto de rimas
No céu o teu anjo renasce das chamas,
Dos ventos gelados que sopram do Sul,
Das chamas que ficam de um antigo amor
Encontro nas ondas teu rosto onde eu for
Encontro na flor o teu sonho em azul
Na casa e na árvore. Jogado o Tarô
O teu sonho de amor revela-se a mim,
No meio do frio me traz teu calor
Nas noites que penso estar longe de ti
Perdoa menina esse amor sonhador
Aguardo calado os teus beijos Nachali.
17 novembro 2006
Nachali Dvulatk e Cíntia Synderki
Sozinha, tudo escuro, e o doce silêncio toma conta da noite quente. O sono insiste em fugir, mas o cansaço prende o corpo na cama. De um lado para ou outro, em um movimento desritmado, tenta se acalmar, pegar no sono. O tempo parece não passar, a inquietude toma conta do ser.
Mas com um simples toque a mente se acalma, o coração se aquieta, o corpo relaxa. O jovem anjo com um abraço terno trás descanso para a mente agitada.
Na manhã seguinte, parece que caminha sobre as nuvens, ainda sente o abraço terno do jovem anjo. Que permite a tranqüilidade para a linda jovem.
"A única coisa que desejo, é que este anjo (você) volte a me abraçar em uma noite muito próxima"
13 novembro 2006
Deixem-me explicar que este texto nasceu de uma frase que o Mercuryo me escreveu uma vez (via msn)... (ahhh fico devendo uma foto, ainda não descobri como fazer isso =/ huahuahua)
Então dedico este texto a você Gatinho!
Ps: Como prometido, o texto foi devidamente aprovada pela minha super amiga Cíntia, olha a responsa Ci!
Se eu realmente acreditasse em almas gêmeas, eu teria um sério problema.
Problema em aceitar que é possível amar mais de uma vez. Que o amor se transforma, tornando-se algo maior do que posso compreender ou explicar. Ele se floreia com carinhos, boas lembranças, com a imagem do seu sorriso em minha mente.
Seria difícil entender como fui possível eu me emocionar tanto, sofrer e esperar por tão longo tempo alguém que apenas passou pela minha vida a me ensinar. Complicado seria dizer o quanto este pessoa foi importante, e agora tão pouco representa.
E todos aqueles momentos em que eu me considerei a pessoal mais feliz do universo. Decidida e como dona de tudo que eu pudesse querer, apenas um reflexo da sensação da conquista.
Ainda tem as horas que passei a meditar, concentrando-me para saber qual seria a próxima folha a se agitar nas árvores, ou o próximo animal que eu perceberia. Todas as estrelas que contei no céu, e as noites que ficava esperando que uma cadente se revelasse. Pois se ela assim fizesse, meu desejo seria realizado. Mas ela nunca apareceu e eu passava os minutos seguintes e me convencer de que escreveria meu destino.
E por isso, eu cheguei muitas vezes a desacreditar todas as cartas de tarot que abri, e sempre estiveram certas. Todas as premonições que tive, todas as certezas e toda a sabedoria que o universo me cedeu. De todas as coisas que sei, porém nunca estudei.
Se eu realmente acreditasse em almas gêmeas...
Teria que explicar os sorrisos que dei, as cantadas que levei e todas as outras que retribui. As baladas que encantaram, e as conversas mais complicadas que já tive. O nascer do sol em várias praias, que já presenciei. As provocações que atingi, as fantasias que realizei e todas as palavras que desperdicei.
E nãp poderia deixar de explicar, as noites bebendo no Aeroporto de Ponta Grossa, onde tentava sem êxito explicar o que são as luzes verdes que caem por ali. As estrelas que se movem em agosto no céu Polonês. A beleza das montanhas de Carpatos, ou ainda a sensação de estar em termas quentes na Eslováquia observando a neve nas montanhas próximas.
Se eu realmente acreditasse...
Aquele campo não teria uma grama tão macia para nos abrigar. Aquela árvore robusta não deveria estar lá. E a depressão na terra não poderia estar voltada estrategicamente para o oeste, nos possibilitando aquele por do sol magnífico. O vento não poderia fazer música com o balançar das folhas, de maneira tão ritmada com o canto dos pássaros que ali também se abrigavam. Eu não poderia te sentir ali, mesmo que você não estivesse. Mas eu te percebi.
Tenho um grande problema, eu acredito em almas gêmeas.
11 novembro 2006
Eu não sou bom em traduções, não domino as ferramentas e acho que a tradução do texto anterior (tirada de um site) foi muito boa mas ainda assim fiz uns ajustes para manter a fidelidade da poesia. Espero você goste.
FOSSEM meus os tecidos celestes bordados,
Ornamentados de dourada e prateada luz
Os azuis e negros e pálidos bordados
De noite e alvorada e luz,
Eu os estenderia sob teus pés:
Mas eu, sendo pobre, tenho apenas meus sonhos;
Eu os derramo sob teus pés;
Pise devagar pois você pisa sobre meus sonhos.
10 novembro 2006
Deixo você com uma poesia para refletir.
HAD I the heavens' embroidered cloths,
Enwrought with golden and silver light,
The blue and the dim and the dark cloths
Of night and light and the half light,
I would spread the cloths under your feet:
But I, being poor, have only my dreams;
I have spread my dreams under your feet;
Tread softly because you tread on my dreams.
FOSSEM meus os tecidos celestes bordados,
Ornamentados de luz dourada e prateada
Os azuis e negros e pálidos bordados
De noite e luz e alvorada,
Eu os estenderia sob seus pés:
Mas eu, sendo pobre, tenho apenas meus sonhos;
Eu os estendo sob seus pés;
Pise devagar pois você pisa sobre meus sonhos.
by William Butler Yeats
03 novembro 2006

Nachali Dvulatk
Nada mais justo que o primeiro post seja uma homenagem a Nachali afinal é sempre o homem que deve abrir a porta da casa a primeira vez.
Para quem gosta de música romântica vão esses "versos rasgados" de uma música francesa que foi o tema de Mel Lisboa em Presença de Anita.
Ne Me Quitte pas
Ne me quitte pas il faut tout oublier
Tout peut s`outblier que s`enfuit déjà
Oublier le temps de malentendus
Et le temps perdu à savoir comment
Oublier ces heures que tuaient parfois
Á coups de pourquois le coeur du bonheur
Ne me quitte pas moi, je t`offrirai
Des perles de pluie venues du pays
Où il ne pleut pas je croiserai la terre
Jusque près ma mort pour couvrir ton corps
D`or et de lumière je ferai un domaine
Où l`amour sera roi où l`amour sera loi
Et tu sera reine ne me quitte pas
Je t`inventerai des mots insencés
Que tu comprendras je te parlerai
De ces amants là que ont vu des fois
Leurs coeurs s`embraser je te raconterai
L`histoire de ce roi mort de n`avoir pas
Pu te rencontrer ne me quitte pas
On a vu souvent rejaillir le feu
De l`ancien volcan qu`on croyait trop vieux
Il est, paraît`il des terres brulées
Donnant plus de blé qu`un meilleur avril
Et comme bien des soirs pour qu`un ciel flamboie
Le rouge et le noir ne s`épousent t`il pas?
Ne me quittes pas je ne veut plus pleurer
Je ne veut plus parler je me cacherai là
À te regarder danser et sourire
Et à te écouter chanter er puis rire
Laisse moi devenir l`ombre de ton ombre
L`ombre de ta main l`ombre de ton chein
Ne me quitte pas
não me deixes é preciso esquecer tudo
tudo pode ser esquecido o que nos escapaesquecer
o tempo dos mal-entendidose o tempo perdidoprocurando
saber como esquecer estas horas que às vezes matam
com golpes de " porquês" o coração da felicidade
não me deixes eu te oferecerei pérolas
de chuva vindas de um país onde não chove
atravessarei a terra até perto de minha morte
para cobrir teu corpo de ouro e luz
eu farei um lugar onde o amor será rei
onde o amor será lei e tu serás rainha
não me deixes eu te inventarei
palavras insensatas que tu compreenderás
vou te falar desses amantes
que às vezes viram seus corações se incendiar
vou te contar a história desse reimorto por não terpodido
te encontrar não me deixes
tantas vezes vimos renascer o fogo
do antigo vulcãoque acreditava-se velho demais
parece que tinha terras queimadas
dando mais trigoque a melhor colheitapois,
em quantas tardes para que o céu fique flamejante
o vermelho e o negronão se casam ?
não me deixes eu não quero mais chorar
não quero mais falar vou me esconder ali
só te olhandodançar e sorrire te escutando
cantar, e depois rir deixe que eu me transforme
na sombra da tua sombrana sombra da tua mão
ou na sombra do teu cão não me deixes