18 maio 2007


Porque eu sou a primeira e a última

Eu sou a venerada e a desprezada

Eu sou a prostituta e a santa

Eu sou a esposa e a virgem

Eu sou a mãe e a filha

Eu sou os braços de minha mãe

Eu sou a estéril, e numerosos são meus filhos

Eu sou a bem-casada e a solteira

Eu sou a que dá à luz e a que jamais procriou

Eu sou a consolação das dores do parto

Eu sou a esposa e o esposo

E foi meu homem quem me criou

Eu sou a mão do meu pai

Sou a irmã de meu marido

E ele é meu filho rejeitado

Respeitem-me sempre

Porque eu sou a escandalosa e a magnífica




Hino a Ísis, século III ou IV (?),

descoberto em Nag Hammadi

18 abril 2007

“De onde vem este Kotscho?”

Nachali Dvulatk

Uma reunião de grandes histórias, todas contadas com a maneira saborosa e inconfundível de Ricardo Kotscho. O livro “Do golpe ao Planalto – Uma vida de repórter” (Companhia das Letras, 2006, 334 pág, R$46,00) conta não só a história da carreira deste jornalista nos últimos 40 anos, mas ainda a história de um Brasil militar até os tempos de Governo Lula.

O livro que poderia ser descrito como uma autobiografia, também pode ser encarado como um manual do bom jornalismo. Afinal nos seus 40 anos de profissão, Kotscho sempre valorizou o jornalismo contado por outros ângulos e as grandes reportagens. Como na cobertura do desastre aéreo que matou o ex-presidente Castello Branco, em 1967: “Como a razão do acidente demoraria a ser descoberta, achei melhor ir a Quixadá e levantar os derradeiros momentos do ex-presidente. Já que a concorrência era grande, arrisquei-me a deixar a cobertura oficial e fui atrás do que no jargão jornalístico se chama side – as histórias paralelas que ajudam a entender a principal”(pág 42).

Começou na carreira jornalística muito cedo, com apenas 16 anos, primeiro foi ajudante de jornaleiro depois conseguiu emprego na Folha Santamarense, um jornal de bairro, e então nunca parou. Trabalhou n’O Estado de São Paulo, foi correspondente internacional do Jornal do Brasil, em plena redemocratização do País estava na Isto É. Enfrentou, inclusive, uma temporada como diretor de jornalismo da CNT, canal 21 em Curitiba. “De uma hora pra outra, mudaria de uma só vez de cidade, de veículo e de função, já que nunca havia dirigido nada além do meu carro e não tinha a menor idéia de como funcionária uma engrenagem de tv”(pág 206). Anteriormente já havia trabalhado na televisão, mas assumira que foi um desastre como repórter televisivo.

Trabalhou em três das quatro campanhas de Lula, amigo conquistado durante a cobertura das greves dos metalúrgicos do ABC. Com Lula, Kotscho viajou o país com as Caravanas da Cidadania, foi assessor de imprensa das campanhas e encerrou sua carreira em 2004 quando ocupava o cargo de Secretário de Imprensa e Divulgação do Governo

Um amante de grandes reportagens, Kotscho conta foi realizar as que mais marcaram sua carreira. Cobriu o traumático incêndio do edifício Andraus, em 1972. Em Brasília, investigou as mordomias de que gozavam superfuncionários, na série de matérias que o projetou como jornalista, em 1976, e lhe rendeu um prêmio Esso. Pelo Brasil todo, participou ativamente da campanha das Diretas, em 1984. E, entre outros assuntos, escreveu sobre a construção de Itaipu e a febre do ouro em Serra Pelada, numa série de matérias que virou livro.

Já para aqueles que esperavam que o jornalista tentasse explicar os escândalos ocorridos durante o Governo de seu amigo Lula, podem se decepcionar. O jornalista se limitou a descrever a surpresa com que ele e Lula recebiam as denuncias feitas pela impressa nacional. Inclusive adicionou um posfácio, onde segundo o autor é uma “tentativa de repartir com os leitores as angústias vividas por alguém que, desde muito cedo, acreditou num sonho coletivo, nele jogou todas as suas fichas, e agora, como tantos outros brasileiros de sua geração, luta para não deixar a esperança morrer”(pág 301). Kotscho saiu do Governo em 2004 (seis meses antes da crise estourar) por questões pessoais, saudade da família que havia ficado em São Paulo. Conta que encarava com tristeza cada nova denuncia e que as pessoas não acreditavam que ele não sabia de nada e desabafa, “Mas quem iria acreditar que alguém pudesse deixar o governo por livre e espontânea vontade, num país onde as pessoas vendem a mãe e não entregam para chegar ou continuar no poder?”(pág. 300).

25 março 2007

Então pessoas...
O texto esta um pouquinho desatualizado, produzido antes da visita de George Bush, mas merece devida atenção e publicação.
O interessante é q o encontrei por acaso no computador da faculdade, e o autor (meu veterano) vai ficar todo cheio com a publicação.. tá q este não é um meio super popular, mas fazemos o possivel.. hauahuahau
Divirtam-se

Ali te amo! (pra não perder o habito)

A CANINHA, O CAIPIRA E MAIS UM CAIPIRA
Diego Antonelli

O etanol embala a visita do presidente norte-americano, George W. Bush, ao Brasil. Na próxima quinta-feira ele irá participar de uma reunião com Luís Inácio Lula da Silva. Além de curtir o que resta da ressaca de Carnaval e visitar o Cristo Redentor, a disputa pelo mercado etílico (de combustível!) será foco central do diálogo entre os dois estadistas. Vale um restropectiva a fim de explicitar o que Bush quer com o nosso álcool.

Além de causar inúmeras guerras que assolam, preocupam e matam milhares, ou talvez até, milhões de pessoas, o governo dos Estados Unidos ainda tem a cara de pau de não assinar o Protocolo de Kioto. Tal medida serveria (ou serve?) para controlar os poluentes lançados na atmosfera. Um mero detalhe é o fato dos Estados Unidos ser a nação que mais libera substâncias tóxicas ( e claro: a que mais mata palestinos, árabes, iraquianos, afegãos...) e que menos planta árvores.

Árvores? Sim, são elas que retém o maléfico gás carbônico, um dos principais causadores do aquecimento global, da atmosfera. Para tentar limpar a ficha ecológica de seu país, Bush quer fazer com que o álcool brasileiro – menos poluente que combustíveis oriundos do petróleo – seja mais utilizado no hemisfério norte. Tal medida poderia ser um sinal e remotamente um pequeno passo para que a nação mais poderosa aderisse ao controle do já sentido aquecimento global. Tudo isso é medo do Alasca derreter?

E para tentar puxar o saco dos países com quem o governo Lula se relaciona bem economica e políticamente, Bush Filho, em um dialeto que ficou entre um inglês mau pronunciado e um espanhol bem capenga, ofereceu ajuda econômica aos países da América Latina.

Será que ele tentará “hablar” português para negociar as sobretaxas que quer impor ao álcool brasileiro? Por enquanto a postura de Lula, em seu próprio português lulista, segue a mesma: com a permanência das taxas, Bush ainda não bebe a caninha nacional.

20 março 2007

heheheh Nach nao colocou essa poesia antes mas eu gostei dela entaum eu mesmo coloco =D

SAUDADE
(A.M. Ferreira) de dicado a Nachali Dvulatk

Espero-te chegar em casa linda,
Alegre e cansada. A roupa amassada,
O cabelo solto e as malas no chão.
Trouxeste o meu coração?

- Não o perdes que não tenho outro!

O prendi firme em teu colo mas
Sempre és descuidada com corações
Não! Eu o sinto, sei que ainda estais
Com ele entre teus seios.
Que lugar melhor para o meu coração?
Acolhido entre teus seios e teu coração.

Senti tua falta, que bom que chegastes.
Conta-me tudo dessa longa viagem
Depois! Agora um beijo e o desejo
De sermos pra sempre o mesmo
Corpo.

14 março 2007

OI pessoal...

depois de tirar longas férias, estou voltando ao normal. E lógico, irei voltar a tualizar o blog... q feio né, ficar tanto tempo sem atualizar. Bem agora q eu estou de volta a casa (Ponta Grossa) e Alisson esta viajando... em Vitoria de férias... q inveja né..
Então fica por minha conta as atualizações, pelo menos semanais... e pra vcs recordarem quem somos estou postando as pesquisar de defeitos e qualidades de nós dois... confiram ai...

NACHALI DVULATK (2006)
Esta pesquisa foi realizada com base em uma idêntica que o Mercuryo fez, a achei tão interessante que fiz igual. Pedi que meus amigos apontassem 3 qualidades minhas, e perguntei o que eles mudariam em mim (como 3 defeitos).

Entrevistei 6 pessoas, foram elas:
Cíntia Synderski, conheço desde 2005. Estudamos juntas e posso dizer que é a minha super amiga, só ela pra me aturar...
Diego Denck, conheço desde 2005, estudamos juntos e com certeza é meu melhor amigo em PG
Jonathans Felix, conheço desde meus 13 anos (8 anos), estudou comigo e até hoje somos amigos inseparáveis, apesar da distancia (né Jothans!)
José Carlos Cinquini conheço desde 2004, somente pela Net... é meu amor...
Maria Cristina Bispo, conheço desde 2003, minha irmã...
Priscila Zambolim, moramos juntas a mais de 1 ano, super amiga e companheira de balada!

Qualidade (número de vezes citadas):
1-Comunicativa (1) – Sou jornalista, ué!
2-Dinâmica (1) – Só porque eu faço milhares de coisas ao mesmo tempo?
3-Super original (1) – Por isso escrevo...
4-Sincera (3) – Sou mesmo, não poupo sinceridade.
5-Divertida/legal (4) =D
6-Atenciosa/companheira (3) – Se precisar de algo, é só falar.
7-Sorrindo sempre/simpática (1) – Mas a vida é linda, Caetano é lindo...
8-Persistente (1) – Se não fosse, o que eu teria?
9-Corajosa (1) – Eu tento.
10-Inteligente (1) – Só uma citação? Tenho que estudar mais.
11-Maravilhosa (1) - Ai, ai, eu sou de mais =D


O que meus amigos mudariam em mim (defeitos):
1-Impulsiva (1) – Mas já que tem que fazer, faz logo!
2-Colocaria juízo nessa cabecinha (1) - Tem certeza?
3-Menos passional em relação ao amor (1) – Hum... tenho que analisar isso...
4-Fosse menos sincera às vezes (1) – Mas isso não era uma qualidade?
5-Teimosa (2) – Não sou não... huahuahua
6-Racional de mais (1) – Mas eu não era impulsiva? Decidam-se.
7-Meio apavorada (1) – Ainda bem que é só meio.... uffa
8-Ciumenta (1) – Isso não é de todo ruim...
9-Muito espalhafatosa/teria que ser mais discreta (2) – Agora fiquei com vergonha...
10-Mudaria a tatoo no seio (1) – Diz isso porque nunca a viu! =D
11-Gostar de pagode (1) – Admito, eu sou pagodeira... =/
12-Deixa os outros sozinhos no meio da balada (1) – Não só eu, né Pri!
13-Fica dirigindo enquanto eu dirijo (1) – Deixa o Detran entregar minha carteira...
14-Faria-a mimar mais a gata da casa (1) - Eu mimo, você que não vê!
15-Não sabem/ não responderam (3) – Ai, ai, sou perfeita =D

ALISSON FERREIRA - (+/- 2004)
Para ajudar a me conhecer melhor eu fiz uma pesquisa com quatro amigas e uma prima pedindo que elas citassem defeitos e virtudes minhas (na verdade perguntei a dois homens tb mas não obtive resposta) e estou colocando aqui o resultado da pesquisa com os meus comentários é claro pq entre os defeitos vcs vão ver q eu falo muito. =D
São elas:
1- Paula (me conhece de tempos imemoráveis) Prima linda, japonesa q eu amo.
2- Mirian (me conhece a uns 4 meses da internet) Amiga muy querida um bb. menina levada q eu adoro!!!
3- Aline (me conhece a mais de um ano da internet) Minha amiga do coração,menina levada q eu adoro!!!
4- Bianca (me conhece a uns 5 anos) Amiga e conselheira... muito inteligente e um charme essa mulher!!!
5 - Karilyn (trabalhamos juntos a uns 3 anos) linda japonesa e amiga.

DEFEITOS (nº de vezes citados)
1 – Detalhista (2) - Isso não era pra ser virtude? O_O
2 – Pessimista / Precisa ter mais fé em si (3) - Não tem pq ser pessimista,vai dar tudo errado mesmo!!!
3 – Bagunçado / Desastrado (2) - Já viu meu quarto!!!!
4 – Muito calmo (1) - Eu?
5 – Pegajoso (1) - Argh!!!!
6 – Bravo d+ as vezes (1) - Eu?
7 – Se irrita facilmente (1) - Eu?
8 – Dá em cima de qualquer uma (1) - Não é assim!!!! Sou carinhoso!!!! Édiferente!!!!
9 – Mão aberta d+ (1) - Só uma grande amiga pra achar isso um defeito
10 – Pensa muito (1) - Como assim?!!! Vou pensar a respeito disso.
11 – Anti-social (1) - Só pq não gosto de festa e balada?
12 – Certinho (1) - Houve um tempo que isso era virtude.
13 – Implicante (1) - Só um pouco... nem se nota.
14 – Fala muito (1) - Tadinha!!!! Ela me houve quase todo dia. Bjs gatinha!!!!
15 – Quando ta com raiva fica atacando o ponto fraco dos outros (1) - Tento ser eficiente uai!!!

VIRTUDES (nº de vezes citados)
1 – Atencioso (1) - Pois não?!!!
2 – Prestativo / Sempre pronto a ajudar (2) - Eu tento!!!
3 – Paciente (2) - Isso não era defeito?
4 – Inteligente (2) - Só foi citado 2 vezes em 5? Tenho q estudar mais!!!
5 – Responsável (1) - Não é de propósito podem ter certeza!!!!
6 – Amigo / Companheiro / Amigável (4) - Quem foi o (ex)amigo q não citou essa?
7 – Coração Puro / Generoso / Família (2) -
8 – Não mede esforços para ver os outros felizes (1) - Não mesmo.
9 – Compreensivo (2) - Vc tem o direito de estar com raiva mas não de ser cruel!!!!
10 – Obediente (1) - Se não, não ganha Papai Noel!!!! );
11 – Carinhoso (2) - Sempre!!!
12 – Amável (1) - Eu tento!!!
13 – Sábio (1) - =D
14 – Totalmente lindo (1) - Juro que não comprei essa citação!!!!
15 – Trabalhador - Acho q essa não é virtude, é falta de opção!!!

Agradeço a todas as amigas pelas citações de virtudes e defeitos e apesar das minhas brincadeiras entendo todos os pontos de vista.
Beijos a todos e obrigado pelo carinho.

31 dezembro 2006

RESPOSTA - Sonetos
(A.M. Ferreira - 2002)

Se aos teus olhos a vida encontra o fim,
Dos sonhos que tens apaixonada,
Eu lamento que assim te pareça amarga,
Toda a tua vida que triste é para mim.

Tu pareces perdida nesta confusão,
Ainda que te mostres organizada,
A vida é assim mesmo desgraçada,
Mas peço paciência ao teu coração.

O amor é como a prece do dia cedo,
No coração do próximo é um segredo.
Não há ciência no mundo que o explique,

Rimas ou prosas que descomplique,
O que o peito guarda talvez por medo.
Perdoe o poeta se não é claro,

Licença poética é só um pretexto,
Pois na formal estrutura de um texto,
A paixão encontra seu anteparo,
Talvez lhe pareçam frios os versos,

Quem sabe confusos ou até sem vida,
E eu concordo contigo, minha querida,
Mas debruçado sobre a prancheta meço,
O grafite sobre a folha de papel branco,

Encaixo, remendo e nunca me canso,
De escrever, e meus versos não satisfaço,
Não domo o poeta nem o torno manso

O poeta é poeta porque não se sacia,
De escrever e escreve de noite de dia,
Pois a paixão não cabe em um traço.



PARA QUE SERVE A POESIA?
(A.M. Ferreira - 2004)

A Poesia, menina, carrega a dor
Que o próprio homem não suporta
E se não a vês e nem te importa
Se não te toco com a rima que for

Não foi em vão a poesia
Ela vive na esperança de algum dia
Tocar o coração de um outro amigo
Que possa ler nas linhas do não escrito

Que a poesia não está no texto vão
A poesia fala e o texto não
A poesia é eterna e o texto para

A poesia é a alma da oração
E quando a ação do verbo se cala
A poesia fala ao coração.

23 dezembro 2006

BORBOLETA AMARELA
Parte III

Mas, como eu ia dizendo, a borboleta chegou à esquina de Araújo Porto Alegre com a Avenida Rio Branco; dobrou à esquerda, como quem vai entrar na Biblioteca Nacional pela escada do lado, e chegou até perto da estatua de uma senhora nua que ali existe; voltou; subiu, subiu até mais além da copa das árvores que há na esquina – e se perdeu.

Está claro que esta é a minha maneira de dizer as coisas; na verdade ela não se perdeu; eu é que a perdi de vista. Era muito pequena, e assim no alto, contra a luz do céu esbranquiçado da tardinha, não era fácil vê-la. Cuidei um instante que atravessava a Avenida em direção a estatua de Chopin; mas o que eu via era apenas um pedaço de papel jogado de não sei onde. Essa falsa pista foi que me fez perder a borboleta.

Quando atravessei a Avenida ainda procurava no ar, quase sem esperança. Junto à estatua de Floriano, dezenas de rolinhas comiam farelo que alguém todos os dias jogava ali. Em outras horas, além de rolinhas, juntam-se também os pombos, desses grandes, de reflexos verdes e roxos no papo, e alguns pardais; mas naquele momento havia apenas rolinhas. Deus sabe que horários têm esses bichos do céu.

Sentei-me num banco, fiquei a ver as rolinhas – ocupação ou vagabundagem sempre doce, a que me dedico todo dia uns 15 minutos. Dirás, leitor, que esse quarto de hora poderia ser mais bem aproveitado. Mas eu já não quero aproveitar nada; ou melhor, aproveito, no meio desta cidade pecaminosa e aflita, a visão das rolinhas, que me faz um vago bem ao coração.

Eu poderia contar que uma delas pousou na cruz de Anchieta; seria bonito; não seria verdade. Que algum dia deve ter pousado, isso deve, elas pousam em toda parte; mas eu não vi. O que digo, e vi, foi que uma que pousou na ponta do trabuco de Caramuru. Falta de respeito, pensei. Não sabes, rolinha vagabunda, cor de tabaco lavado, que esse é o Pai do Fogo, Filho do Trovão?

Mas esta conversa de rolinha, vocês compreendem, é para disfarçar meu desaponto pelo sumiço da borboleta amarela. Afinal arrastei o desprevenido leitor ao longo de três crônicas, de nariz no ar, atrás de uma borboleta amarela. Cheguei a receber telefonemas: “eu só quero saber o que vai acontecer com esta borboleta”. Havia, no círculo de pessoas intimas, uma certa expectativa, como se uma borboleta amarela pudesse promover grandes proezas no centro urbano. Pois eu decepciono a todos, eu morro, mas não falto à verdade: minha borboleta amarela sumiu. Ergui-me do banco, olhei o relógio, saí depressa, fui trabalhar, providenciar, telefonar... Adeus, pequenina borboleta amarela.

naum fiquem bravos comigo......
não falei q a borboleta fazia milagres....
bjuz a todos
GAtinho te amo!